Título original: Paper Towns
Autor: John Green
Editora: Intrínseca
Número de páginas: 368
Sinopse: Quentin Jacobsen tem uma paixão platônica pela magnífica vizinha e colega de escola Margo Roth Spiegelman. Até que em um cinco de maio que poderia ter sido outro dia qualquer, ela invade sua vida pela janela de seu quarto, com a cara pintada e vestida de ninja, convocando-o a fazer parte de um engenhoso plano de vingança. E ele, é claro, aceita.
Assim que a noite de aventuras acaba e um novo dia se inicia, Q vai para a escola e então descobre que o paradeiro da sempre enigmática Margo é agora um mistério. No entanto, ele logo encontra pistas e começa a segui-las. Impelido em direção a um caminho tortuoso, quanto mais Q se aproxima de Margo, mais se distancia da imagem da garota que ele achava que conhecia.
Quentin Jacobsen e Margo Roth Spiegelman eram vizinhos desde sempre. Quando tinham dez anos, encontraram no parque do bairro um homem que havia se matado e que deixou Margo impressionadíssima – pesquisou sobre quem era o homem, sua vida e tudo mais que pode conseguir e reportou tudo para Quentin naquela noite. Ela havia concluído que talvez todos os seus fios haviam arrebentado.
Anos mais tarde, Q e Margo não eram mais amigos. Ela era linda e popular e ele era na dele e da turma de “esquisitos”. Até que uma bela noite, Margo aparece na janela de Q – exatamente como há 8 anos atrás – o convidando para uma aventura. Ele aceita e os dois saem realizando os planos de vingança planejados por Margo, invadem o SeaWorld e observam Orlando do alto de um prédio, onde Margo faz seu monólogo sobre como somos todos pessoas de papel, vivendo em cidades de papel. Q conhece um pouquinho da Margo de verdade e ele passa a considerar aquela como a melhor noite de sua vida.
O problema é que, quando o dia amanhece, Margo está desaparecida. Os pais dela já estão fartos das aventuras da filha, que costuma fugir e deixar pistas para encontrá-la, e não querem mais saber dela. Q, por outro lado, não desiste e sai em busca das pistas típicas da amiga, junto de seus amigos fiéis, Ben e Radar, seguindo-as a fim de descobrir seu destino final – Orlando ou qualquer outra cidade, a vida ou a morte.
O final é um pouco decepcionante e até previsível, mas a jornada que John Green nos guia até lá é impressionante. O autor já pode ser considerado o rei das metáforas, já que Cidades de Papel está cheio delas, recheado também de frases profundas pensadas por Quentin em sua análise sobre a vida, sobre as pessoas.
Cidades de Papel é um daqueles mistérios complexos, que nos faz realmente refletir sobre como vivemos nossas vidas e sobre como as coisas nunca são o que parece ser. John Green nos leva em uma verdadeira jornada de autoavaliação enquanto acompanhamos a jornada de Q. O destino pode são ser tão bom quanto pensávamos, mas o que nos levou até lá é sempre melhor mesmo (entendedores entenderão, haha).